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- Marco Diniz
- 7 de jan. de 2023
- 1 min de leitura
Espaço
O início de um ciclo infinito, sei
Pelos dedos, o tempo.
Sentimento sim, alimento não.
O espaço entre as horas que vivo em vão
e os gatos lá fora agora me lembram.
Embora disfarço a memória em traços
No chão deste espaço.
Não está aqui.
Tão lindo é um sonho seu.
Tão lindo é ser seu.
E a tarde faz a dor que traz.
Vivo sem querer.
E a falta que o amor me faz.
Querer estar no fogo e não num cais.
E o espaço entre as notas me lembram
E os gatos lá fora que vêm e vão.
Desfaço então, invento um dia novo
Que nunca virá.
Em traços vãos que ardem pelo esboço.
Que nunca vira ar.
Rastros teus a respirar de novo.
Que nunca haverá.
Espaços seus que vão embora.
E o espaço entre as notas me lembram
E os gatos lá fora que vêm em vão.

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