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Negão, o gato sobrevivente. Dê uma chance a ele!

  • The Neverknow
  • 6 de out. de 2017
  • 5 min de leitura

The Neverknow - Negao, o gato sobrevivente. Adote!

Esse gatinho era chamado carinhosamente de Negão, quando morava nas ruas. Ele precisava de um lar.

Conheça a história:

É um gato sobrevivente.

Viveu por mais de dois anos em um galpão abandonado, imundo.

Já foi atropelado, machucou as patinhas traseiras, se recuperou sozinho, na rua.

Foi chutado por moradores de rua. Passou muita fome, sede, frio e dor.

Havia uma grande colônia de gatos que viviam nesse galpão.

Com muito trabalho e nenhum recurso, consegui resgatar e encaminhar alguns deles para adoção, mas Infelizmente os outros foram desaparecendo, morrendo. Um a um. Alguns atropelados, outros envenenados, atacados por cães, pessoas e por outros gatos em disputas de território.

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The Neverknow - Galpão onde vivia a colônia de gatos

Galpão onde vivia o Negão e uma colônia de gatos

The Neverknow - Galpão onde vivia a colônia de gatos

O Negão conseguiu sobreviver durante todo esse tempo. Passei a alimentá-lo diariamente.

Depois tantos meses colocando comida e água para na porta do galpão, ele aprendeu a me conhecer, nos tornamos bons amigos, mesmo se mostrando um gato com medo e "de poucos amigos".

Era assustado e desconfiado, por causa das adversidades da vida no abandono e dos maus tratos que já recebeu.

The Neverknow - Galpão onde vivia a colônia de gatos

Imagem - Negão sendo alimentado diariamente na rua

Vídeo - Negão sendo alimentado diariamente na rua


Depois de algumas tentativas frustradas e muita persistência, consegui capturá-lo. Negão foi acolhido em um abrigo para gatos, onde foi muito bem recebido pela amiga e protetora Pollyana Braga.

Foi encaminhado para cirurgia de esterilização.

Por ser um gato muito assustado com o mundo e com as pessoas, teve que viver durante dois meses dentro de uma gaiola, isolado. Tínhamos medo de que ele se envolvesse em brigas com os outros animais.

No abrigo, as cuidadoras mal conseguiam colocar comida e água para ele na gaiola, porquê ele rosnava e ameaçava avançar.

Todas tinham muito medo dele.

Era realmente assustador, o gato mais bravo que já vi em mais de 12 anos atuando com proteção e resgates.


The Neverknow - Negão se recuperando da cirurgia

Imagem - Negão no abrigo, se recuperando da cirurgia de esterilização

Depois de quase dois meses morando nessa gaiola, sozinho, finalmente apareceu uma pessoa disposta a adotá-lo.

Para que a adaptação fosse mais tranquila em seu novo lar, decidi tirar o Negão do abrigo e o levei para minha casa, na esperança de tentar domesticá-lo, acalmá-lo, de forma que ele pudesse estar pronto para ser adotado.

Fiz um ótimo trabalho de adestração e domesticação com ele.

Durante os primeiros dias, ele rosnava, avançava, se escondia.

Eu não conseguia sequer chegar perto. Bastava eu entrar no quarto para que ele corresse para algum lugar onde pudesse se esconder.

Com isso, removi do quarto todos os possíveis esconderijos, deixando, apenas além dos brinquedos, uma caminha quente para ele dormir.

The Neverknow - Negão literário

Imagens - O sobrevivente Negão aprecia literatura. Gostava de dormir junto com os livros :)

The Neverknow - Negão em casa

O trabalho passou a dar resultado.

Na segunda semana, ele já aceitava ganhar um carinho de leve na cabeça, mas logo se assustava e corria para outro canto.

Continuei insistindo, ganhando sua confiança.

Levei inúmeras mordidas, arranhões. Mas eu nunca, NUNCA revidava ou o repreendia por isso.

Logo ele passou a perceber que era inútil me atacar, e passou a perceber também que ele NUNCA seria atacado de volta, por mais severo que fosse o arranhão ou a mordida.

Eu passava horas em sua companhia no quarto.

Ele começou a compreender que eu não era uma ameaça, e sim um amigo.

Estava se tornando cada vez mais dócil, e se mostrando um gato carinhoso, apesar de ainda muito assustado.


The Neverknow - Descansando em sua caminha preferida

Imagem - Negão descansando em sua caminha preferida

Na quarta semana, ele já não se escondia mais quando eu entrava no quarto. Apenas rosnava um pouco, mas logo que ele começava a receber o carinho, se entregava.

Na quarta semana, ronronou pela primeira vez, comigo, timidamente, demonstrando que estava gostando finalmente de contato, de carinho.

Quando eu entrava no quarto, ele já se levantava e vinha em minha direção, certo de que receberia um carinho, um afago, e petiscos.


A essa altura, já estava deixando para trás a personalidade de gato de rua, e começava, aos poucos, a adquirir comportamento um gatinho doméstico.

Já se sentia seguro.

Começou até mesmo a interagir com brinquedinhos,

Um gato só brinca dessa forma se estiver se sentindo seguro no ambiente, e ele estava.

Na quinta semana, eu já estava conseguindo pegá-lo no colo.


Vídeo - Negão sendo domesticado - Quarta semana - Parte 1

Vídeo - Negão sendo domesticado - Quarta semana - Parte 2

Decidi portanto que o Negão estava então pronto para ir para seu lar definitivo.

Foi adotado, por um casal de ótimos adotantes, os quais inclusive já haviam adotado dois gatos comigo antes.

Mas infelizmente, apesar dos ótimos adotantes e do ótimo lar, ele não se adaptou, ficou muito assustado com a mudança de ambiente e foi devolvido três semanas após a adoção.

Voltou para minha casa, novamente a morar em um quarto separado, enquanto eu dividia o resto do apartamento com meus outros gatos.

Após sua devolução, passei meses à procura de mais alguém que pudesse adotar um gato "menos adotável", como ele.

Infelizmente, a maioria das pessoas que se dispõem a adotar, têm preferência por filhotes, normalmente branquinhos ou com alguma pelagem específica.

Gatos adultos, pretos, assustados, ou com pelagem não convencional, muitas vezes passam toda a vida esperando por um lar, esquecidos em um abrigo sem nunca terem a vida que merecem.


Depois de tantas tentativas, e procura em vão, e de tanto publicar esse texto cujo título era "Dê uma chance a ele", não houve outra alternativa.


Sempre procurei alguém que tivesse um bom coração, e estivesse disposto a dar uma chance de vida confortável a esse pobre sobrevivente, que já sofreu tanto.

Ele tinha sim muito amor para retribuir. Bastaria que fosse compreendido e amado, com carinho e paciência.

No fim da história, percebi que eu estava fazendo esse pedido a mim mesmo.

Dei uma chance a ele.

Talvez por falta de opção, afinal NUNCA iria devolver o animal para as ruas, tampouco deixa-lo em uma gaiola novamente.

Decidi adotar o pobre gatinho e deixá-lo finalmente junto com os meus gatos, fazendo parte da família.

Acabei descobrindo que foi uma das melhores decisões da minha vida de protetor.

Ele ganhou um novo nome: Clubber Lang, em Homenagem ao antagonista do filme Rocky III.

As vezes o chamo de Clubber, as vezes o chamo de Flubber, porquê ele é um gatinho engraçado e estabanado.


Hoje ele vive feliz com meus outros 5 gatos, e tem uma companheira inseparável: A gatinha "Mia"


Clubber e Mia - Companheiros inseparáveis em sua caixa de papelão favorita



Clubber com ar de gato culto, ainda aprecia boa literatura

Clubber se tornou até um "Meme"

Clubber em seu antigo "Lar". Rua e abandono

Clubber em seu antigo "Lar". Rua e abandono

Clubber em seu antigo "Lar". Rua e abandono

O RESUMO DESSE POST E A PRINCIPAL LIÇÃO É:

NÃO EXISTE GATO FERAL QUE NÃO POSSA SER DOMESTICADO!

NUNCA DESISTA DE UM ANIMAL ARREDIO.

BASTA PACIÊNCIA, AMOR E CARINHO.

ELES ACABAM SE ENTREGANDO.

TODO GATO GOSTA DE CARINHO.

Sobre o autor: Marco Diniz é músico, engenheiro de áudio, servidor público e amante dos animais. Pratica trabalho voluntário desde 2009, resgatando, sempre que possível, animais em situação de abandono, maus tratos e os encaminhando para castração e adoção responsável. Desde então foram mais de 100 animais resgatados das ruas. Marco, como a grande maioria dos voluntários, não recebe nenhuma ajuda do poder público nem iniciativa privada, Todo o trabalho é prestado sob muita dificuldade com recursos próprios e eventualmente com a ajuda voluntária de amigos e pessoas de bem. O único meio de diminuir casos de maus-tratos e abandono é através de ações de resgate, castração e adoção dos animais que já se encontram nas ruas em situação de abandono. Não incentivamos a compra, comércio nem consumo de animais. Uma fêmea não castrada pode gerar, em dois anos, mais de 2.000 crias. O simples compartilhamento de um animal para adoção em suas redes sociais já é uma grande ajuda! Para conhecer mais o trabalho, basta entrar em contato:

Marco Diniz (31) 994314262 NeverKnowBrasil@gmail.com Caso possa e queira ajudar financeiramente, qualquer ajuda será muito bem-vinda. Todo valor será revertido para o trabalho voluntário, com a clara prestação de contas.

Banco do Brasil Agencia 0032-9 Conta 71086-5 Marco Diniz



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